Todo o dia 13 de setembro se comemora o “Dia Nacional da Cachaça” como uma forma de relembrarmos os tempos de um Brasil colonial, quando o destilado era símbolo de resistência contra a dominação portuguesa.
A data foi aprovada em outubro de 2010 pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados como resultado do projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).
Criado pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) em 5 junho de 2009, durante a feira Expocachaça, em Belo Horizonte, o Dia Nacional da Cachaça é comemorado em 13 de setembro. A popular “pinga”, que tem muitos outros nomes populares, confunde-se com a própria história do Brasil. Segundo estudiosos, a destilação da mistura fermentada de cana-de-açúcar apareceu por volta de 1520, vinte anos após a chegada dos portugueses ao país. Ouça um pouco da história da cachaça no bate-papo.
Já nos tempos coloniais, a produção de cachaça era uma importante atividade econômica no Brasil, levando a redução do consumo da bagaceira importada de Portugal. Preocupados com o sucesso da aguardente, os portugueses, através de uma Carta Real de 13 de setembro de 1649, proibiram a fabricação e a venda da cachaça em todo o território brasileiro.
Os proprietários de cana-de-açúcar e alambiques, indignados com as constantes cobranças de impostos aos longos dos anos e perseguidos por vender a bebida, se revoltam no dia 13 de setembro de 1661 e tomam o poder no Rio de Janeiro por cinco meses resultando em um dos primeiros movimentos de insurreição nacional, a Revolta da Cachaça.
Com o poder restituído, o movimento é repreendido com violência e o seu líder, Jerônimo Barbalho Bezerra, é enforcado e decapitado, tendo sua cabeça pendurada no pelourinho da cidade, como exemplo à população fluminense.
Fonte: Mapa da Cachaça – Senado Federal